Atendimento Educacional Especializado: a verdade do AEE na escola

Atendimento Educacional Especializado

Muitos professores questionam a Educação Inclusiva por não entenderem realmente o papel do Atendimento Educacional Especializado. Infelizmente, ninguém contou para eles como deveria funcionar realmente o AEE: aspectos legais, quem atua, recursos e serviços oferecidos e quando é necessário recorrer ao Ministério Público para efetivar o atendimento ao aluno que mais precisa.

Todo professor da escola regular já deve ter se perguntado:

– Como vou dar conta de ensinar esse aluno se não tenho especialização nessa área?

– Colocar um aluno com deficiência na sala de aula sem um professor especializado é exclusão e não inclusão.

– Esse aluno não tem condições de acompanhar as aulas, ele precisa de uma ajuda especializada que eu não posso oferecer.

Os argumentos continuam. Todos de alguma forma falam a respeito da necessidade de uma atenção especializada para o aluno com deficiência.

Esses professores que pensam assim estão certos! Os alunos com necessidades especiais precisam de atendimento especializado.

O que muitos desconhecem é que não é o professor da escola comum que precisa ser especialista na deficiência do aluno. Todo aluno no Brasil, desde a educação infantil até a educação superior, tem direito ao Atendimento Educacional Especializado (BRASIL, 2011).

Esse atendimento deve ocorrer no contraturno escolar e irá beneficiar tanto o aluno quanto o professor da sala de aula comum.

Se você deseja saber mais sobre Educação Inclusiva, recomendo meu post anterior chamado “O que é Educação Inclusiva: um passo a passo para a inclusão escolar”.

O professor da sala de aula comum também precisa do AEE

Um professor de uma sala de aula comum que possui um aluno com necessidades educacionais especiais tem o direito por lei a um Atendimento Educacional Especializado, pois o AEE precisa prover condições de acesso, participação e aprendizagem desse aluno no ensino regular (BRASIL, 2011).

O especialista do AEE faz a ponte entre o aluno e o professor da sala de aula comum, permitindo uma troca de experiência que contribua nesse processo educacional e em todo o contexto escolar, bem como a inserção na sociedade.

A lei diz que a oferta de educação especial (AEE) deve ocorrer preferencialmente na rede regular de ensino. Isso quer dizer que o ideal é que a escola comum tenha uma sala de recursos multifuncionais e uma equipe especialista para oferecer o atendimento educacional especializado dentro da escola. (BRASIL, 2011)

Segundo Mantoan (2003, p.23) “o ‘preferencialmente’ refere-se a ‘atendimento educacional especializado’, ou seja: o que é necessariamente diferente no ensino para melhor atender às especificidades dos alunos com deficiência, abrangendo principalmente instrumentos necessários à eliminação das barreiras que as pessoas com deficiência naturalmente têm para relacionar-se com o ambiente externo, como, por exemplo: ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do código braile, uso de recursos de informática, e outras ferramentas e linguagens que precisam estar disponíveis nas escolas ditas regulares”.

Você já ouviu falar da professora Mantoan? Separei um e-book gratuito da Mantoan sobre educação inclusiva aqui para você.

Como não é possível que todas as escolas do Brasil tenham uma sala de recursos para oferta do AEE, as escolas especiais e os centros especializados podem ficar responsáveis por realizar esse atendimento especializado.

De uma forma ou outra, o importante é que todo aluno que possua necessidades educacionais especiais tenham acesso ao AEE.

O que é AEE e quais seus objetivos?

O Atendimento Educacional Especializado é um serviço da Educação Especial para atender aos alunos que possuem necessidades educacionais especiais durante sua vida escolar.

Seu objetivo é eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Aluno fazendo uso da cartões de comunicação alternativa elaborada pelo AEE para uma atividade de aula.

De acordo com o decreto presidencial 7611 de 17 de novembro de 2011, são objetivos do atendimento educacional especializado:

I – prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes;

II – garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;

III – fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e

IV – assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino.

Em resumo, podemos definir os objetivos do Atendimento Educacional Especializado em 7 etapas:

1º- Identificar as necessidades de alunos com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades / superdotação.

2º- Elaborar plano de atuação de AEE propondo serviços de acessibilidade ao conhecimento.

3º- Produzir um material acessível para esse aluno

4º- Adquirir e identificar materiais de apoio como software, recursos e equipamentos tecnológicos, mobiliário, recursos ópticos, dicionários e outros

5º- Acompanhar o uso dos materiais na sala de aula do ensino regular.

6º- Orientar professores do ensino regular e famílias dos alunos a utilizar materiais e recursos;

7º- Promover a formação continuada para os professores do AEE e do ensino comum, bem como para a comunidade escolar geral.

Normalmente o Atendimento Educacional Especializado acontece no contraturno da escola comum que o aluno possui matrícula com o propósito de eliminar as barreiras para a plena participação de seu público-alvo.

A quem se destina o AEE?

Os alunos com deficiência física, intelectual, visual, auditiva, múltiplas, transtornos do espectro autista (TEA) e também alunos com altas habilidades / superdotação são público-alvo do Atendimento Educacional Especializado.

Abaixo vamos entender cada um desses aspectos de forma bem resumida.

Deficiência Física são complicações que levam à limitação da mobilidade e da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus.

Deficiência Intelectual é a dificuldade de raciocínio e compreensão que leva a um quadro de inteligência e conjunto de habilidades gerais abaixo da média.

Deficiência Auditiva é a perda parcial ou total da audição.

Deficiência Visual é a perda parcial ou total da visão.

Deficiências Múltiplas são uma associações entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante amplas de combinações. Ex: deficiência intelectual e física.

TEA – Transtorno do espectro autista é uma uma síndrome comportamental que afeta a capacidade de comunicação, socialização e de comportamento.

Altas habilidades ou Superdotação é caracterizada pelo desenvolvimento de uma habilidade significativamente superior a da média da população em alguma das áreas do conhecimento.

Os desafios do Atendimento Educacional Especializado

O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. (BRASIL, 2011)

O desafio é enorme. O AEE tem muitas responsabilidades, como o ensino de Libras, Braille, de tecnologias assistivas e comunicação alternativa.

Na verdade, o maior desafio da Educação Inclusiva está no Atendimento Educacional Especializado.

Se todo aluno que possui necessidades educacionais especiais tiver acesso a um atendimento educacional especializado de sucesso irá inegavelmente progredir em seu aprendizado.

Claro que uma sala de aula saudável, inclusiva, com professores conscientes da sua responsabilidade com a diversidade e as diferenças irá colaborar com o aluno.

Mas é claro que isso nem sempre acontece. Infelizmente nem toda escola oferta o AEE como deveria. Saiba o que fazer nesse caso lendo o tópico a seguir.

Ministério Público: o que fazer quando a escola pública ou particular não está preparada para alunos com necessidades educacionais especiais?

A escola não pode/consegue ofertar o Atendimento Educacional Especializado? Leia isso:

Art. 4o […] § 1o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.

A coisa é séria. É dever do estado ofertar para escolas todos os recursos que precisarem para atender a seus alunos.

No caso da escola pública sem oferta do AEE

Antes de culpar a direção da escola pública e seus professores, saiba que pode ser muito difícil equipar uma escola para a inclusão. O professor solicita recursos para a direção da escola, que por sua vez solicita para a secretaria municipal de educação.

E se a secretaria de educação do meu município diz que não tem como atender?

Faça uma denúncia ao ministério público. Parece um pouco assustador, mas esse é o procedimento padrão hoje, infelizmente. Se seu município não dá ao seu aluno o que é dele por direito, então denuncie ao ministério público.

No caso da escola particular sem oferta do AEE

E se a escola for particular? O mesmo se aplica a escola particular.

Sempre que o AEE for requerido pelos alunos com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação, as escolas deverão disponibilizá-lo, não cabendo o repasse dos custos decorrentes desse atendimento às famílias dos alunos.

As instituições de ensino privadas deverão efetivar a matrícula no ensino regular de todos os estudantes, independentemente da condição de deficiência física, sensorial ou intelectual, bem como ofertar o atendimento educacional especializado, promovendo a sua inclusão escolar.

Isso quer dizer que as escolas particulares de qualquer nível, etapa ou modalidade, devem arcar com as despesas da oferta do AEE e demais recursos e serviços de apoio da educação especial, caso contrário será considerado descaso deliberado aos direitos dos alunos o não atendimento às sua necessidades educacionais específicas.

O não cumprimento da legislação deve ser encaminhado ao Ministério Público, bem como ao Conselho de Educação o qual, como órgão responsável pela autorização de funcionamento dessas escolas, deverá instruir processo de reorientação ou descredenciá-las.

Você pode ler mais sobre esse assunto em Orientações sobre Atendimento Educacional Especializado na rede privada (Nota Técnica 15/2010 – MEC/ CGPEE/GAB)

Ofertar o AEE é um desafio tanto para escolas públicas quanto particulares. Mas não pára por ai.

Desafios do AEE

Vou citar agora alguns exemplos comuns dos desafios diários entre a escola e o AEE

Exemplo 1 – O aluno surdo que está sendo alfabetizado

É direito do aluno surdo estar matriculado em uma escola comum próxima de sua residência.

Esse aluno está assistindo aulas para ser alfabetizado em língua portuguesa na sala de aula comum, por uma professora com licenciatura em pedagogia, sem especialização específica, sem conhecimento de Libras.

Se esse aluno souber Libras, na sala de aula comum deverá ter um intérprete de Libras para que o aluno e seu professor possam se comunicar.

Caso o aluno ainda não saiba Libras, deverá aprender com um instrutor de Libras preferencialmente na própria escola comum, ou em um centro especializado.

É papel do AEE ensinar Libras ao aluno e oferecer um intérprete de Libras para a sala de aula comum. Sem o AEE fica impossível que o aluno surdo tenha acesso pleno ao currículo da sua aula de língua portuguesa.

Exemplo 2 – O aluno cego e as aulas de matemática

É direito do aluno cego estar matriculado em uma escola comum próxima de sua residência.

Esse aluno sabe Braille, acabou de ingressar na escola e irá assistir uma aula de matemática.

O professor de matemática sabe que precisa de um material pedagógico especial em Braille para que seu aluno cego possa acompanhar suas aulas. Como não é possível conseguir esse material em sua escola, o professor entra em contato com o Atendimento Educacional Especializado apresentando seu plano de aula e solicita ajuda para adaptar seu material de aula para Braille, de forma que o aluno cego consiga ter acesso.

É papel do AEE o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos em Braille, para eliminar as barreiras no processo de ensino e aprendizagem.

Exemplo 3 – O aluno que não presta atenção às aulas

Uma professora de educação infantil de uma turma de Pré II sabe que um de seus alunos é diferente dos demais. Esse aluno de 6 anos de idade não faz contato visual, se irrita facilmente, se comunica com dificuldade e fica mais tempo de pé do que sentado na sala.

Ciente de que seu aluno precisa de uma ajuda profissional, a professora em harmonia com a coordenação pedagógica e a direção da escola encaminham o aluno para a psicóloga com um relatório do dia a dia em sala de aula.

A psicóloga percebe os indícios de autismo, mas não quer fechar um diagnóstico.

É importante nesse momento orientar aos pais do aluno a fecharem um diagnóstico o mais rápido possível para que seu filho tenha acesso a um atendimento educacional especializado.

Deve ser enfatizado que com esse atendimento o aluno poderá se desenvolver mais rapidamente e ter melhor aproveitamento nas aulas. Pode ser sugerido pelos especialistas uma terapia ABA, por exemplo, para ensinar ao aluno a olhar para a professora, ficar sentado e se comunicar verbalmente quando algo o estiver incomodando.

Sem um atendimento especializado esse aluno ficará excluído em sala de aula, comprometendo a continuidade de seus estudos nos próximos níveis.

É direito do aluno autista estar matriculado em uma escola comum próxima de sua casa.

Nesses 3 exemplos fictícios quis enfatizar a importância da parceria entre o professor da escola comum e o especialista do AEE.

No próximo tópico, vamos entender melhor quem são esses especialistas.

Quem atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE)?

O professor do AEE acompanha e avalia a funcionalidade e a aplicabilidade dos

recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum e nos demais ambientes da escola, considerando os desafios que estes vivenciam no ensino comum, os objetivos do

ensino e as atividades propostas no currículo, de forma a ampliar suas habilidades, promovendo sua aprendizagem. Este atendimento prevê a criação de redes intersetoriais de

apoio à inclusão escolar, envolvendo a participação da família, das áreas da educação, saúde, assistência social, dentre outras, para a formação dos profissionais da escola, o acesso a serviços e recursos específicos, bem como para a inserção profissional dos estudantes.

Para atuar no Atendimento Educacional Especializado o professor deve ter uma formação especializada.

Essa formação se dá mediante o previsto pela Resolução CNE /CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, no artigo 18, § 1º, que expressa que:

  • 1º São considerados professores capacitados […] aqueles que comprovem que, em sua formação, de nível médio ou superior, que foram incluídos conteúdos sobre educação especial adequado ao desenvolvimento de competências e valores para […] perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos e valorizar e educação inclusiva.
[…]
  • 3º Os professores especializados em educação especial deverão comprovar formação em cursos de licenciatura em Educação Especial ou em uma área específica. […] ou complementação de estudos de pós-graduação em área específica da educação especial. (BRASIL, 2001).

12 importantes atribuições do professor de AEE

Parece que o professor do AEE tem uma lista interminável de atribuições e funções. Esse versátil profissional tem muitos desafios e compromissos, além de uma grande responsabilidade. Dê uma olhada em algumas importantes atribuições:

1# O professor especialista do AEE deve identificar as NEE; definir,implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização; realizar a adaptação curricular, bem como os procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas; e trabalhar em equipe.

2# Reservar um dia da semana para planejamentos e estudos coletivos, envolvendo Coordenador Pedagógico, Professor Regente, Profissional de Apoio à Inclusão, Intérpretes de Libras, Instrutor de Braille/Libras.

3# Promover encontros mensais com os pais e/ou responsáveis pelos estudantes para socialização acerca de seu desenvolvimento e aprendizagem.

4# Organizar no AEE os recursos pedagógicos e de acessibilidade para os estudantes público-alvo da educação especial.

5# Reservar um dia da semana para planejamentos e estudos coletivos, envolvendo Coordenador Pedagógico, Professor Regente, Profissional de Apoio à Inclusão, Intérpretes de Libras, Instrutor de Braille/Libras.

6# Promover encontros mensais com os pais e/ou responsáveis pelos estudantes para socialização acerca de seu desenvolvimento e aprendizagem.

7# Organizar no AEE os recursos pedagógicos e de acessibilidade para os estudantes público-alvo da educação especial.

8# Registrar a frequência, diariamente, num diário escolar oficial.

9# Elaborar o Plano de Desenvolvimento Individual a ser executado e registrar o desenvolvimento e dificuldades dos estudantes atendidos.

10# Atender aos estudantes, duas vezes por semana, perfazendo um total mínimo de duas horas aulas semanais (conforme o planejamento da escola)

11# Participar da elaboração do regimento interno da unidade educacional, bem como do Projeto Político-Pedagógico.

12# Reconhecer as necessidades de recursos pedagógicos e de Tecnologia Assistiva que melhor atendem o estudante na escola comum.

É claro que cada aluno é único e não existe receita pronta para atender a todos de forma genérica. Um exemplo disso é a nota técnica do MEC que define algumas orientações para o AEE com alunos autista. Confira logo abaixo.

Atendimento Educacional Especializado para pessoas com autismo

Segundo a Nota Técnica nº 24/2013/MEC/SECADI/DPEE, do Ministério da Educação, o Atendimento Educacional Especializado para alunos com autismo possui algumas orientações que devem implementar a Lei nº 12.764/2012, que trata dos direitos da pessoas com TEA.

A formação dos profissionais da educação possibilitará a construção de conhecimento para práticas educacionais que propiciem o desenvolvimento sócio cognitivo dos estudantes com transtorno do espectro autista. Nessa perspectiva, a formação inicial e continuada deve subsidiar os profissionais, visando à/ao:

Superação do foco de trabalho nas estereotipias e reações negativas do estudante no contexto escolar, para possibilitar a construção de processos de significação da experiência escolar;

Mediação pedagógica nos processos de aquisição de competências, por meio da antecipação da organização das atividades de recreação, alimentação e outras, inerentes ao cotidiano escolar;

Organização de todas as atividades escolares de forma compartilhada com os demais estudantes, evitando o estabelecimento de rituais inadequados, tais como: horário reduzido, alimentação em horário diferenciado, aula em espaços separados;

Reconhecimento da escola como um espaço de aprendizagem que proporciona a conquista da autonomia e estimula o desenvolvimento das relações sociais e de novas competências, mediante as situações desafiadoras;

Adoção de parâmetros individualizados e flexíveis de avaliação pedagógica, valorizando os pequenos progressos de cada estudante em relação a si mesmo e ao grupo em que está inserido; Interlocução permanente com a família, favorecendo a compreensão dos avanços e desafios enfrentados no processo de escolarização, bem como dos fatores extraescolares que possam interferir nesse processo;

Intervenção pedagógica para o desenvolvimento das relações sociais e o estímulo à comunicação, oportunizando novas experiências ambientais, sensoriais, cognitivas, afetivas e emocionais;

Identificação das competências de comunicação e linguagem desenvolvidas pelo estudante, vislumbrando estratégias visuais de comunicação, no âmbito da educação escolar, que favoreçam seu uso funcional no cotidiano escolar e demais ambientes sociais;

Interlocução com a área clínica quando o estudante estiver submetido a tratamento terapêutico e se fizer necessária a troca de informações sobre seu desenvolvimento;

Flexibilização mediante as diferenças de desenvolvimento emocional, social e intelectual dos estudantes com transtorno do espectro autista, possibilitando experiências diversificadas no aprendizado e na vivência entre os pares;

Acompanhamento das respostas do estudante frente ao fazer pedagógico da escola, para a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competências, considerando a multiplicidade de dimensões que envolvem a alfabetização, a resolução das tarefas e as relações interpessoais, ao longo da escolarização;

Aquisição de conhecimentos teóricos-metodológicos da área da Tecnologia Assistiva, voltada à Comunicação Alternativa/Aumentativa para estes sujeitos.

Planejamento e organização do atendimento educacional especializado considerando as características individuais de cada estudante que apresenta transtornos do espectro autista, com a elaboração do plano de atendimento objetivando a eliminação de barreiras que dificultam ou impedem a interação social e a comunicação.

Falando em planejamento, olhe abaixo o e-book gratuito do Plano de Desenvolvimento Individual para você fazer download. Esse assunto é tão profundo que terá um post exclusivo só para ele.

Plano de Desenvolvimento Individual para o Atendimento Educacional Especializado

As Tecnologias Assistivas devem existir no AEE

Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis.

Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis. (RADABAUGH, 1993).

O profissional do AEE deve conhecer os fundamentos da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa para melhor exercer seu papel. Abrir mão desses recursos é um verdadeiro desperdício. Temos hoje muitos programas, aparelhos, metodologias, produtos… enfim, um mundo de recursos e serviços que cresce a cada dia beneficiando a todos.

Infelizmente a graduação de pedagogia carece de disciplinas relacionadas à tecnologia na educação, principalmente as relacionadas à tecnologia assistiva. Existe um abismo separando os pedagogos dos recentes avanços tecnológicos que podem beneficiar suas aulas e seus alunos.

Bom, mas vamos antes de tudo definir Tecnologia Assistiva. Segundo o conceito proposto pelo Comitê de Ajudas Técnicas, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República:

Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (GALVÃO FILHO et al., 2009, p. 26).

Uma dica: quando falamos de Tecnologia Assistiva vale destacar o professor Teófilo Galvão Filho. Se você pretende escrever algo sobre esse assunto é obrigatório citar Galvão Filho.

Escrevi um post dedicado somente a Tecnologia Assistiva: o que é e como usar na escola sem saber informática, dê uma olhada!

O que são os recursos de Tecnologia Assistiva?

São considerados recursos de Tecnologia Assistiva, portanto, desde artefatos simples, como uma colher adaptada, uma bengala ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a preensão, até sofisticados sistemas computadorizados, utilizados com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência (GALVÃO FILHO, 2009b).

Tecnologia Assistiva pode ser utilizada na Sala de Recursos Multifuncionais, na sala de aula comum, em casa, no trabalho, no carro e em qualquer lugar que seja necessário.

É interessante deixar claro que o aluno com deficiência PODE SIM levar tecnologia assistiva para a sala de aula comum.

Aluno utilizando o DOSVOX

Você já ouviu falar do software DOSVOX? Vou contar uma história rápida aqui.

Uma menina cega em idade de alfabetização tinha dificuldade de aprender Braille devido a um problema na ponta dos dedos, embora já soubesse escrever utilizando um programa em seu computador, onde trocava e-mails com seu pai que estava no exterior.

Essa menina era reprovada na sua série por não aprender o Braille, necessário para prosseguir em sua alfabetização, apesar de já saber escrever perfeitamente utilizando seu programa no computador.

Com o auxílio de um professor a realidade dessa menina mudou, pois o computador foi levado para a sala de aula e utilizado para para fins de exercícios, atividades e avaliação. Até as provas passaram a ser feitas utilizando o computador, onde a menina podia escrever suas respostas sem problemas.

O programa utilizado pela menina e seus professores se chama DOSVOX. Esse programa foi desenvolvido na UFRJ, é brasileiro, em português e GRATUITO.

Na minha opinião, todo professor deveria conhecer esse programa, para utilizar no caso de um aluno cego fazer parte de sua turma.

Pensando nisso, gravei uma aula muito especial sobre DOSVOX para professores que ainda não conhecem a ferramenta. A aula é totalmente gratuita, dá direito a certificado e está disponível aqui no site. Clique aqui para participar do Curso Grátis de DOSVOX na Inclusão Escolar!

Referências

BRASIL, DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 – Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências, 2011

MANTOAN, Maria Tereza Egler, Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? SP: Moderna, 2003.

BRASIL, Resolução CNE /CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001 – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2001

BRASIL, Nota Técnica nº 24/2013/MEC/SECADI/DPEE, Orientação aos Sistemas de Ensino para a implementação da Lei nº 12.764/2012 ,2013

RADABAUGH, Mary Pat. Study on the Financing of Assistive Technology Devices of Services for Individuals with Disabilities – A report to the president and the congress of the United State, National Council on Disability, Março 1993

GALVÃO FILHO, T. A. A Tecnologia Assistiva: de que se trata? In: MACHADO, G. J. C.; SOBRAL, M. N. (Orgs.). Conexões: educação, comunicação, inclusão e interculturalidade. 1 ed. Porto Alegre: Redes Editora, 2009.

Leandro Rodrigues

Eu sou Leandro e acredito que as pessoas podem evoluir muito além dos rótulos, estigmas e preconceitos. Todos podem aprender. Esp. em Educação, Diversidade e Inclusão Social. Formação inicial em Ciência da Computação. Fundador do Instituto Itard e criador do curso Adaptando Atividades para Alunos com Deficiência.

127 thoughts on “Atendimento Educacional Especializado: a verdade do AEE na escola

    • Márcia says:

      Excelente adorei, aqui na minha cidade temos muita dificuldades com.os pais, pois eles não colaboram com nosso apoio na escola. Isso dificulta nisso trabalho com o aluno.

      • Fica. Leidiana says:

        É de vital importância a inclusão significativa desses alunos em sala de aula, principalmente no aspecto social e no desenvolvimento da autonomia do aluno. Desenvolver as suas habilidades, investir no seu potencial é o foco!

      • Andréa Fidencio bueno lourenço pinto says:

        Márcia os pais nem sempre sabem como aceitar os filhos como são e essa dificuldade reflete na escola sempre

    • anacrisomena says:

      material muito bem elaborado, parabéns Leandro Rodruigues, acrescentou bastantes as informações descritas neste conteúdo, spu professora de educação especial recém formada e necessito se ensinamentos como este.

  1. MARILEI TEIXEIRA PUBLIO says:

    Solicitei ha 3 meses prof especializado para atender um aluno com baixo cognitivo, e agressivo. Ate agora sem resposta da DRE Santo Amaro. O aluno é agitado e agressivo. Parece não medicado impossível atender os outros 33 alunos. O que devo fazer? Quanto tempo mais devo aguardar? Vai. comecar novo semestre e estou com gastrite de tanto nervoso que passo.

    • Equipe Itard says:

      Olá Marilei! Obrigado por compartilhar sua situação. Seu aluno parece não ter um diagnóstico, isso dificulta o atendimento educacional especializado. Minha sugestão é agendar reuniões com os pais, junto da coordenação pedagógica da escola, para entender a realidade da família, o comportamento do aluno em casa, se ele já fez ou faz algum tipo de acompanhamento com especialista, como é a comunicação dele em casa, o relacionamento com os pais e demais familiares. Coisas como o horário que o aluno se alimenta (o que ele come), dorme (sozinho ou com alguém), brinca (onde, de que e com quem), quem toma conta dele quando está em casa, são todas coisas pertinentes. Quanto mais profunda for sua análise da vida do aluno, mais fácil será compreendê-lo e, consequentemente, ajudá-lo. Se os pais não veem um problema no aluno, pode ser sinal de que em casa o comportamento dele é outro, ou os pais precisem de orientação. São muitas variáveis que devem ser todas vistas com cautela e carinho. Se em uma primeira reunião você notar sinais que a estrutura familiar é falha, ou que o aluno precise de acompanhamento psicológico, convém marcar uma segunda reunião junto a um assistente social na escola, para ele defina os próximos passos.

      • Edmara Alves de Oliveira says:

        Olá Equipe Itard!
        Acredito que a dificuldade da DRE SANTO AMARO/SP tem em atender a essa solicitação na escola, certamente se dá pela falta do laudo de deficiência com o CID da criança.
        O profissional capacitado para isso é o NEUROLOGISTA ou PSIQUIATRA. Necessita verificar junto aos responsáveis da criança.
        O professore especialista de educação especial que atende na sala de recursos multifuncional (SRM) em atendimento educacional especializado (AEE) não pode diagnosticar e muito menos fazer atendimento aos alunos sem o laudo de deficiência, porém, o apoio junto ao professor da sala regular deverá ser constante, sempre que houver necessidade.
        Como profissionais da educação temos que tomar cuidado quando fazemos algum apontamento referente ao comportamento do aluno. A realização de reuniões junto ao grupo gestor da escola é de primordial importância para o melhor desenvolvimento da criança, em todos os âmbitos.

  2. João Paulo says:

    olá, antes quero parabenizar pelo artigo. sou deficiente visual e estou em um trabalho de monografia e certamente esta experiência fará parte de meu trabalho. outro ponto, como citar este artigo?

  3. Roseli B. CAIXETA says:

    Olá prof.Leandro, amei seu trabalho. Estou escrevendo um artigo nessa área da educação e
    aprendi muito com os seus texto, que serão super úteis para o meu TCC. Obrigada, Deus te abençoe.
    Abraço, profª Roseli Caixeta de MG.

  4. Geslaine Camargo says:

    Qdo se refere a educação infantil é apenas o Pré? Trabalho em Centro de educação infantil que atende crianças de 0 a 4 anos, temos uma aluna autista, nesse caso tb tem direito ao AEE? SE puder esclarecer minha dúvida, fico agradecida.

  5. Leidiane says:

    Excelente conteúdo uma ferramentas importantes que ajudará o professor a desenvolver melhor suas aulas.Conteudo de excelência bem aplicado com linguagem clara é objetiva .Gostei muito.

  6. Lúcia says:

    Leandro boa tarde, sou principiante e preciso muito desse cursos de AEE, apesar de já ter alguns desses cursos, mas a prática é muito diferente da realidade em sala com aluno especial. quero te agradecer pelo seu desejo de ajudar os profissionais da educação especia, Deus possa cacda dia mais acrescentar chuvas de bençãos sobre você e sua famíla!

  7. adriana packer says:

    ola.
    toda a criança diagnosticada com Autismo tem direito ao AEE, ? mesmo quando a escola se omite se eximindo da responsabilidade. como os pais devem proceder nesse caso? a criança nao consegue se alfabetizar.

    • Equipe Itard says:

      Olá Adriana, toda criança autista ou com alguma outra deficiência tem sim direito ao AEE, e a escola deve fornecer, caso eles se recusem os pais podem acionar a justiça.

  8. josi_l_r says:

    Boa noite
    Muito bom o artigo. Na escola que trabalho o que realmente dificulta a inclusão é a falta de compromisso de alguns professores. Penso que o trabalho com o AEE, fica vazio e solitário.
    Gostaria de cursos para trabalhar com deficiência intectual.

  9. JAQUELINE ALMEIDA LANDINHO says:

    Ótimo trabalho professor Leandro, gostei muito do artigo, muito esclarecedor. Sou estudante de pedagogia, estou no terceiro período e lhe confesso que eu me identifiquei muito com o trabalho da AEE e quero muito me aprofundar neste assunto. Muito obrigado professor por fazer a diferença.

    • Suymeire says:

      Excelente esse artigo ! Explica de uma forma clara, me ajudou tanto que estou surpresa! Me senti tão amparada e cuidada por receber informações tão relevantes, enquanto professora regular com alunos tão diversificados estava perdida e agora acho que vi uma luz no fim do túnel !

  10. EULINE DE FATIMA LOURENÇO FARIA says:

    Obrigada por compartilhar seus conhecimentos de forma objetiva!!É a primeira vez que consigo entender com clareza tudo sobre o AEE!Na escola em que trabalho,temos uma aluna PC,ela movimenta apenas os olhos! Gostaria de sugestões de como estar ajudando melhor os momentos que estará em sala de aula!Obrigada!

  11. Leila says:

    Excelente, estou amando. Estou atuando como Professora do AEE e tudo q estou lendo aqui está me ajudando muito. No mês de março, começo uma Pós Graduação na área do AEE e tenho certeza q suas informações serão valiosas. Obrigada

  12. Rosemary Frias says:

    Muito explícito, de fácil e cativante leitura. Uma ajuda sem dúvida para colmatar as dificuldades sentidas pelo professor/educador com vista a facilitar as aprendizagens das crianças que necessitam. Obgda

  13. Vanessa says:

    Boa tarde!
    Para se tornar um professor de apoio é necessário que o professor estude bastante sobre o seu aluno. Hoje em MG qualquer pessoa pode ser professor de apoio, elê fica na sala com o aluno é não busca a melhor forma de ensina-lo.

  14. José Renato says:

    É obrigação do município colocar na sala regular um profissional pra acompanhar um aluno especial? Ou apenas oferecer a sala de AEE no turno oposto?

  15. Pingback: Inclusão escolar: O que é, como fazer, leis, quem tem direito -

  16. Valéria says:

    Parabéns Leandro.
    Você realmente vive e sabe das necessidades que nós professores passamos para conseguir uma educação de qualidade para nossas crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais.
    Seus conhecimentos nos ajuda bastante a conseguir uma educação inclusiva de qualidade.

  17. Erica Garcia says:

    Olá, adorei o post. Gostaria de saber da Equipe Itard, se vocês já tem algum poste falando sobre o AEE em sala de aula, nos moldes de tutoria, não no contraturno. Um trabalho de tutoria e colaborativo entre os professores regente e especialista. Se vocês tiverem algo falando sobre esse tipo de AEE, gostaria de ler.
    Segue meu e-mail para informações. [email protected]
    Att. Érica.

  18. Erica Garcia says:

    Olá, adorei o post. Gostaria de saber da Equipe Itard, se vocês já tem algum poste falando sobre o AEE em sala de aula, nos moldes de tutoria, não no contraturno. Um trabalho de tutoria e colaborativo entre os professores regente e especialista. Se vocês tiverem algo falando sobre esse tipo de AEE, gostaria de ler.
    Att. Érica.

    • Paula says:

      Que apontamento interessante é importante! As normativas de AEE evidenciam a interlocução entre o ensino comum e o especial (AEE), porém não é efetivado por não estar regulamentado no turno, somente atuação está no contraturno! E o Projeto Político Pedagogico não regulamenta esta função e o trabalho colaborativo não se efetiva!

  19. Maria says:

    Na minha escola a maior dificuldade está sendo,o transporte escolar.Pois os alunos, na maioria são do interior,e o município não oferece no contra turno.

  20. celeste.moreira says:

    Post excelente! Estou amando aprender com as leituras sobre a Educação Especial. As informações são esclarecedoras e vão de encontro com as minhas expectativas e angústias, no dia a dia de professora do AEE. Parabéns Leandro!

  21. Marinez Lopes says:

    Gostei muito do post Leandro.
    Sou professora de AEE e a maior dificuldade que tenho é com os professores do ensino regular. Mas percebi que o gestor tem um papel fundamental em apoiar o nosso trabalho e motivar a todos para que a inclusão aconteça no ambiente escolar. Esse ano estou trabalhando com alunos do ensino médio numa escola de tempo integral onde o AEE tem que acontecer paralelo ao ensino comum pois não tem como fazer no contraturno.
    Só nas atribuições do professor de AEE a 2° atribuição tá igual a 5°.

  22. Fany Maura Sendas Alvarenga da Silva says:

    Excelente discussão!
    Quando leio um material rico deste aliado a posicionamento de colegas, consigo me enxergar e saber que não estou só. Meus questionamentos também são encontrados em ambientes diferentes ao meu (minha sala de aula). As vezes as angústias nos paralisam e desanimam e “respirar” faz parte da compreensão do processo. Obrigada Leandro por sua contribuição em minha prática.

  23. Cristiane Martins says:

    Leandro , enriquecedor esse artigo.
    O mesmo mostra o AEE (Antendimento Educacional Especializado) em todo o seu contexto.E abordando de forma clara e objetiva os direitos dos nossos educandos a uma educação de qualidade inclusiva. Como sabemos também que muitos impasses ainda impedem que que tal fato se concretizem…
    No entanto, a união faz a força e juntos vamos lutando por um mundo mais igualitário.
    Amando esses cursos do Instituto Itard.

  24. Pingback: Atendimento Educacional Especializado: a verdade do AEE na escola – APPEIMG

  25. Josimeire says:

    Ministério Público: o que fazer quando a escola pública ou particular não está preparada para alunos com necessidades educacionais especiais?
    A escola não pode/consegue ofertar o Atendimento Educacional Especializado? Leia isso:

    Art. 4o […] § 1o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.

    A coisa é séria. É dever do estado ofertar para escolas todos os recursos que precisarem para atender a seus alunos.
    qual é a lei de onde tirou…..

  26. Glaucia says:

    Estou amando o curso ,o maior desafio encontrado na escola em que eu trabalho e concerteza falta de material e de formação continuada eu tinha um curso de formação muito bom hj não mais temos isto é muito triste ?

  27. Glaucia says:

    Parabéns equipe itard ótimo curso que bom vcs estarem abordando este assunto Inclusao ,maior desafio visto por mim hj em dia pra trabalhar a inclusão de alunos com deficiência e falta de material e cursos de formação continuadas

  28. Cristiano Ludvig da Rosa says:

    Postagem é de excelente qualidade, formações claras, objetivas e de fácil compreensão.
    Parabéns ! Leandro
    Pela sua didática .
    Obrigado e fiquem com Deus !

  29. Elizangela Carvalho says:

    Parabéns Leandro! Excelente texto, você fala com propriedade do assunto, realmente conhece a realidade e sabe como melhorá-la.

  30. angelasusam says:

    Excelente Post Leandro!
    Fiz uma leitura superficial, mas vou me aprofundar na integra! já deu para perceber que o mesmo é riquíssimo em informações, onde as mesmas norteiam o trabalho da escola com relação ao AEE, de maneira geral.
    Os três questionamentos levantados nesse Post com relação a Educação Inclusiva, O QUE É?, POR QUÊ? e COMO FAZER?, colocam em discussão alguns Mitos existentes com relação a Inclusão Escolar. Infelizmente, na visão de alguns, a Inclusão é um faz de conta, porque os alunos são colocados em sala de aula sem as minimas condições de absolverem aprendizagem nenhuma

  31. Jeane Maria da Silva says:

    Tudo o que o professor Leandro colocou nesse espaço foi muito esclarecedor, na escola que eu trabalho tem uma professora que é especialista em psicopedagogia, ela atende aos alunos especiais no contra turno, porém não temos contato. Então procuro fazer pesquisas pra organizar o meu planejamento. Também sou especialista em Psicopedagogia Institucional, fiz para poder entender melhor os meus alunos, mas preciso de ajuda e de muita pesquisa porque o curso foi bom, mas mesmo assim, é necessário pesquisar devido a sempre surgir coisas novas.

  32. Magda Callegari Paraiso says:

    Excelente! Você descreve com propriedade a prática vivenciada no nosso dia a dia, conhece as nossas angústias e enfrentamentos. E acredito que como a grande parte envolvida no processo, nosso grande intrave está na falta de preparação da equipe escolar e também na grande maioria, familiar, que se sentem perdidos no trato das mais diversas deficiências elencadas no nosso cotidiano. Falta também a responsabilidade dos nossos superiores, disponibilizar uma equipe multidisciplinar com profissionais da saúde para acompanhar a evolução ou melhor para contribuir na orientação do processo comportamental, facilitando assim, o desenvolver educativo e consequentemente intelectual dos envolvidos.

  33. Natália Auxiliadora da Cunha Faria says:

    Trabalhar com educação inclusiva não é fácil. É superar um desafio a cada dia. Quando a gente encontra pessoas assim , disposta a nos ajudar, fica mais fácil e prazeroso.
    Obrigada Leandro por todo esse ensinamento. Continue nos capacitando.
    Esse material está excelente, vou aproveitar muito.
    Um abraço a você e toda sua equipe.

  34. Cláudio Rocha dos Anjos says:

    Boa Tarde a Todos
    Gostei muito do artigo, no entanto quero trazer uma contribuição para os professores regentes de turma, visto que atuo como tradutor intérprete de Libras em sala de aula de ensino regular, embora os alunos com necessidades especiais tenham o direito dos benefícios de sala AEE no contra turno, o professor regente não está isento de sua responsabilidade no processo de aquisição do conhecimento de “seu” aluno, o que vejo em todas as escolas que trabalhei são alunos largados em um canto da sala porque o professor regente acredita que a responsabilidade é da sala AEE.

  35. Pingback: Com ou sem psicodiagnóstico: sempre existe opção!

  36. ivone.francisca.cruz says:

    Olá! Que artigo espetacular! Muito rico em conteúdo é orientação . Me tira uma dúvida, os atendimentos do A.E.E teu que ser realizado no contra turno escolar correto? E a escola que faz esse atendimento no período de aula retirando o aluno da sala, então está escola está cometendo um erro e o que fazer nesse caso?

  37. Francirley says:

    Excelente texto, o que realmente acontece em muitas realidades. A falta de conhecimento, a falta de empatia, falta recursos também para se trabalhar. Aspectos assim tornam o trabalho árduo e muito mais intenso. Muitas demandas e a qualificação sempre de quem esta a frente dessa atividade.

  38. Josiane says:

    Parabéns!!! O artigo descreve muito claramente o verdadeiro papel do AEE na vida dos alunos e qual seu público alvo. Assim, enfatizando sua importância nas escolas .

  39. Claudete says:

    Olá! Adorei o texto, completo . Percebo a maior dificuldade e aceitação do professor regular para interação com o professor do AEE.
    Também o excesso de crianças enviadas a Sala de Recursos por ter alguma dificuldade na aprendizagem.

  40. Wilma says:

    O AEE é um serviço que não é obrigatório para família, mas quando a mesma se envolve o resultado é muito positivo. Em relação aos professores se não houver parceria o trabalho não se desenvolve de modo a contribuição para o acesso do estudante aos recursos necessários ao seu pleno desenvolvimento. A construção da Escola Inclusiva é um desafio para todos. A gestão precisa está presente nas ações e contribuir para sua realização. Também temos que garantir que o AEE faça parte do Projeto Político Pedagógico da Escola. A leitura foi excelente, para revisitar os conceitos. Muito obrigada!

  41. Deusani says:

    Muito interessante as colocações, visto transparecer todas as dificuldades e limitações que passamos nesse processo de acolhimento da inclusão, é sempre desafiador mantermos uma postura firme mediante tantas situações cotidianas. Sempre buscar nos alunos que atendermos o seu melhor desempenho é o melhor caminho a ser seguido, crendo em capacidades e em suas habilidades e cpnstruir aprendizagem e novos conhecimentos. Vamos á luta sempre, atualizando nosso fazer pedagógico e almejando os melhores resultados para as nossas buscas.

  42. Eloisa Mandro says:

    É um desafio diário o nosso trabalho . Como professora estou sempre pesquisando e tentando auxiliar o aluno e a família. Agradeço a excelente contribuição através da sua publicação.

  43. Elizabete da Silva Carniel says:

    Boa noite, o que acontece na minha escola é o desinteresse dos professores da sala comum e fazer atividades adaptadas e a gestão que ainda pensa que sala do AEE é sala de reforço para fazer testagens com alunos com dificuldades de aprendizagem.

  44. Rosimar Guimarães says:

    Adorei esse artigo,escrito com propriedade de conhecimento,Onde apresenta ótima ferramenta no atendimento Educacional Especializado,pois detalha com clareza os direitos de nossos edúcandos a uma educação de qualidade inclusiva para todos que precisam.

  45. gerusaregolima says:

    Gostei muito do texto. Você tem muita facilidade para transmitir conhecimentos. Acho que você e o ITARD chegaram em minha vida num momento muito especial, em que venho questionando o meu trabalho de AEE, o que eu faço, como faço e porquê faço. Já pensei em voltar pra sala de aula regular mas não sei bem se é isso o que quero. Talvez suas iniciativas, post e cursos me levem a me entusiasmar novamente com esse trabalho que acho maravilhoso. Obrigada.

  46. Fica. Leidiana says:

    É de vital importância a inclusão significativa desses alunos em sala de aula, principalmente no aspecto social e no desenvolvimento da autonomia do aluno. Desenvolver as suas habilidades, investir no seu potencial é o foco!

  47. Fca. Leidiana says:

    É de vital importância a inclusão significativa desses alunos em sala de aula, principalmente no aspecto social e no desenvolvimento da autonomia do aluno. Desenvolver as suas habilidades, investir no seu potencial é o foco!

  48. Andréa Fidencio bueno lourenço pinto says:

    Olá amigos de curso ,adorei o material para leitura ,li só verdades e angústias vividas pelo professor de AEE ,o não comprometimento de todos nem sempre existe

  49. Gisele says:

    Quero parabenizar a equipe que realizou as lives e tbem dizer que cada dia aprendemos e temos novos desafios, sou da Professora de Ed Infantil e percebo a cada dia recebemos crianças com necessidade especiais. Acredito que está live veio ajudar e orientar um pouco pq nunca trabalhei nessa área. Hoje devemos adaptar as novas realidades e conosco ir atrás de conhecimento.

  50. Tânia regina da cunha says:

    Parabéns foi muito enriquecedor para a minha pessoa , pois tive uma aluna com necessidades especiais e não sabia com ajuda-la . obrigado por tudo !

  51. Luciane says:

    Um artigo muito interessante,enriquecedor e com muitas informoções bem impertimente sobre o assunto,que é muito amplo. A cada dia me surpreendo as informações sobre uma criança com anomalias.Mas vamos nos capacitando e buscando enfrentar de forma abrangente os casos .obrigado pela contribuição.

  52. Cristiane says:

    Parabéns pelo belíssimo trabalho apresentado,com certeza abriu caminhos para solucionar inúmeras dificuldades q nos trazem os alunos conclusivos em nossas escolas,e q temos q estar diariamente em busca d soluções,muitas q por este nos foi apresentado,amei e espero q venham mais para q eu possa participar…

  53. Rilania says:

    Excelente artigo. Percebe-se que você fala com propriedade acerca da Educação Especial Inclusiva. Tudo que é retratado no texto é o que venho aprendendo e colocando em prática ao longo dos 10 anos de atuação nesta área. O trabalho no AEE nos leva a muitos desafios diariamente. Ainda tenho muito para aprender e certamente você tem muito para contribuir.
    Na escola nem sempre temos recursos TA, então temos que construir, mas isso é muito gratificante porque aprendo muito.

  54. verajunges says:

    Muito bom! O conteúdo lido vai me ajudar na produção de um texto sobre os objetivos do AEE e a relação com minha prática pedagógica.

  55. Omalizangela Carvalho says:

    Execelente aula! Parabéns! Minha preocupação é atender a necessidade real de meus alunos com deficiência sem atrapalhar o progresso dos demais alunos.

  56. Marilia Aparecida dos Santos says:

    Boa noite! A cada leitura deste post ,fico mais encantada com a Educação Inclusiva. Já trabalho há muitos anos com Ed. Inclusiva e cada dia me fascina mais. E ainda mais podendo contar com o apoio do Instituto Itard e sua colaboração Leandro.

  57. Claudia says:

    Somos todos resguardados por leis,que determinam que as escolas tenham suporte para atender crianças com deficiências,mas a realidade é bem outra…. infelizmente isto só é bonito no papel. Já me deparei com inúmeras situações de descaso pelos órgãos responsáveis,com a infeliz desculpa que não existe profissional para atender a demanda.

  58. Débora Fogagnoli Rosa says:

    Perfeito este artigo.
    Conheci vcs por um post no facebook convidando para semana do prof do AEE. Me inscrevi e estou participando.
    Estou encantada com a forma de abordar os temas “totalmente práticos, com linguagem acessivel e extremamente importante para o dia dia do prof de AEE”.
    Vou passar a acompanhá-los com certeza!
    Parabéns e muito obrigada por contribuir com minha prática!

    Beijos

  59. nihelene says:

    O Atendimento Educacional Especializado muitas vezes é deixado em segundo plano, como uma sala apenas de reforço, com um conteúdo simplificado sem análise prévia das necessidades de cada criança ou adolescente, o que é uma inverdade.

    Poucas formações e informações específicas nessa área são encontradas, sendo que a maioria delas estão voltadas à Educação Inclusiva como um todo e não direcionada À sala de AEE, envolvendo teoria e prática.

    Bem completo e de suma importância os conceitos descritos no artigo referentes a sala de AEE.

    A legislação é pertinente e atualizada, os alunos que devem fazer parte do AEE são pontuados, as condições da sala para atendimento, a formação do professor de AEE e de sala de aula comum, bem como a relação entre esses profissionais, enfim, tudo bem claro, com uma linguagem de fácil entendimento.

    Parabéns ao Leandro e aos organizadores.

  60. Thandréa says:

    Muitas vezes os profissionais da educação “não querem” sair da comodidade do seu planejamento para auxiliar o professor de AEE e trabalhar juntos na construção do mesmo. Já vi muito disso. Pelas barreira enfrentadas para conseguir material adequados aos alunos ou crianças com deficiências também é outro ponto que frusta muito o profissional. Enfim a cada ano vivenciamos mudanças e com isso nossa esperança aumenta para que verdadeiramente tenhamos uma educação verdadeiramente inclusiva e ao alcance de todos que precisam. Juntos por uma educação de inclusão.

  61. Flávia Ricaldoni Lage Barroso Coelho says:

    Nosso trabalho é um desafio diário. Como educadora estou sempre buscando aprimoramento para auxiliar o estudante e seus familiares.
    A leitura foi excelente e enriquecedora para revisar os conceitos.
    Obrigada!

  62. VANDERLEIA BORGES FERREIRA says:

    OBRIGADA por tanta informação ,estou fazendo meu Tcc em avanços e perspectivas do atendimento educacional especializado :uma analise da politica publica da educação especial . trouxe um entendimento muito amplo PARABÉNS

  63. Helga Andrade says:

    Olá! professor Leandro… muito obrigada pelo seu artigo excelente!! Orientou – me bastante, nem imagina. Sou professora do ensino especial em Angola e tem sido um desafio enorme pra mim.

  64. Vanessa Souza de Oliveira Andrade says:

    Obrigada pelos ensinamentos efetivos com relação a uma área tao complexa ainda. Todos precisamos nos capacitar para melhor atender os alunos especiais e assim , conseguir realmente uma educação inclusiva.

  65. Vanessa says:

    Olá Leandro!
    Sou professora do AEE. Nesse trecho abaixo você cita que “o professor do AEE realiza a adaptação curricular”. Eu recebo muitas questões sobre isso. Você poderia me informar em qual lei ou resolução, enfim, tem como base essa afirmação?
    Agradeço desde já.

    “O professor especialista do AEE deve identificar as NEE; definir,implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização; realizar a adaptação curricular, bem como os procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas; e trabalhar em equipe”.

  66. Bibi says:

    gentee é claro q oprofessor tem sim q buscar conhecimento . como ele vai adaptar as atividades do aluno especial na sala de aula?? nao pode tirar a responsabilidade do professor de sala comum e jogar na cara do AEE

  67. Pingback: Currículo Adaptado: atividade diferente não é exclusão! - Instituto Itard

  68. Professora Rita Maria says:

    Aliança 14 de Dezembro, 2021

    Bom dia,gostaria de saber : o aluno especial(AEE)Pode repetir de ano caso o professor(os) e a família percebam que no momento ñ tenha alcançado êxitos necessários?

    Aguardo respostas,muito obrigado.

  69. Marcela says:

    Olá, me chamo Marcela e tenho um filho de dez anos diagnosticado com autismo leve. Aos três anos de idade ensinei meu filho a ler, posteriormente a escrever. E para ajudá-lo fiz uma faculdade de pedagogia. Meu filho sempre foi considerado um dos melhores da sala(digo isso pq durante a pandemia não mandei ele para a escola, então pela falta de contato ele passou de melhor a um dos melhores). A escola disse que a sala multifuncional é obrigatória, mas procurando nas leis encontrei apenas a informação que a oferta é obrigatória, não a frequência. Sendo assim gostaria de saber. Sou obrigada a levá-lo?(meu filho não apresenta nenhuma dificuldade, tem colegas que não são especiais que inclusive recebem ajuda do meu filho, as aulas online que fez no ano passado eram muito fáceis p ele e por fim ele tem outras atividades, a rotina dele iria ficar puxada). Desde já agradeço pela atenção.

  70. HELIA says:

    Boa tarde!
    A escola onde trabalho passou a ser escola em tempo integral, como fica o atendimento destes alunos na sala de recursos?
    Abraço, Hélia

  71. Paulo says:

    Olá! Uma dúvida: um aluno matriculado na escola particular que não oferece AEE pode ser matriculado no AEE da escola pública? Em qual legislação tenho essa informação?

  72. Laine says:

    Olá Professor. Excelente este conteúdo parabéns.
    Tenho uma dúvida, sabe me dizer qual o número ideal de alunos para ser atendidos por um professor 40 horas? Pergunto pois já pesquisei e li em diversos lugares sobre, porém não obtive respostas. Aqui em minha cidade, tem professores atendendo 50 alunos em 30 horas, isto é completamente inviável.

  73. Sirlene says:

    Parabéns pela bela explicação.
    Gostaria de saber qual lei me garante exigir da secretaria de educação, esse especialista para meus alunos, já que minha sala é composta por 17 alunos de período, onde 3 apresentam laudo e 4, por não aceitação da família não recebem atendimento, porém é notório a dificuldade de aprendizagem destes e a direção da escola, simplesmente me encarrega de todas as obrigações pelo mesmo salário de todo professor da instituição.

  74. Edileusa says:

    Parabéns pelo post, muito esclarecedor. Sou estudante de licenciatura em educação especial e amo aprender mais e mais. Obrigado pela forma clara e objetiva de exposição deste assunto.

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