“Aluno especial”, “aluno de inclusão” ou só aluno?

Você já ouviu o termo “aluno especial”…

Pois é! Herança da “educação especial”, que é o ensino exclusivo para pessoas com deficiência.

Daí surgiram termos como ‘criança especial’ ou ‘necessidade especial’.

Hoje em dia esses termos são capacitistas, discriminatórios.

Se não podemos mais falar “aluno especial”, então não faz mais sentido falar “escola especial” ou “educação especial”, não é mesmo?

Já a escola inclusiva é o termo atual. É a antiga escola ‘regular’ que trabalha com alunos com deficiência junto com os demais alunos.

Só que hoje TODAS as escolas são obrigadas por lei a trabalharem com todos os alunos.

Mas pensa comigo…

Não existe prédio inclusivo e prédio especial.

É absurdo pensar na ideia de um prédio onde uma pessoa com deficiência não pode entrar. Só existe prédio acessível e prédio não acessível para pessoas com deficiência.

É o clássico exemplo do prédio que tem a escada, mas também tem a rampa e também tem o elevador.

Da mesma forma, hoje é um absurdo pensar numa escola onde um aluno com deficiência não pode entrar.

Então já nem faz mais sentido falar educação inclusiva ou escola inclusiva, já que todas as escolas são inclusivas.

Quando falamos ‘escola’, já sabemos que é inclusiva.

Por isso prefiro o termo educação acessível ou acessibilidade pedagógica!

Afinal, ou a educação é acessível ou não é acessível.

É assim que medimos a qualidade da inclusão.

E como saber se uma educação é realmente acessível?

Acessibilidade é medida através da autonomia.

Uma atividade acessível é aquela que o aluno consegue fazer com autonomia.

Uma aula acessível é aquela em que o aluno tem autonomia para participar.

Um currículo acessível é aquele em que o aluno consegue avançar com resultados.

Assim, temos um aluno que precisa de mais acessibilidade e outro que precisa de menos.

Mas no final das contas, todos vão querer subir pelo elevador (até os que não precisam dele).

Por isso digo que adaptar é o único caminho, afinal, materiais didáticos acessíveis são bons para todos e necessários para alguns.

Essa é a minha visão.

Só escola, só aluno.

Qual a sua visão? Comenta aqui.

Leandro Rodrigues

Eu sou Leandro e acredito que as pessoas podem evoluir muito além dos rótulos, estigmas e preconceitos. Todos podem aprender. Esp. em Educação, Diversidade e Inclusão Social. Formação inicial em Ciência da Computação. Fundador do Instituto Itard e criador do curso Adaptando Atividades para Alunos com Deficiência.

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