Descubra as estratégias comprovadas de educação inclusiva para alunos com autismo, reveladas por especialistas renomados no campo – e você não vai acreditar no impacto que elas podem ter!
O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição que influencia a comunicação, o comportamento e a interação social. A verdadeira inclusão de alunos com autismo vai além da simples presença em sala de aula; trata-se de uma mudança (possível) no processo educacional tradicional.
Mas não pense que você precisa ser especialista em autismo ou análise do comportamento aplicada (ABA) para ter ótimos resultados com alunos autistas em sala de aula.
Não precisa!
Com as dicas que veremos aqui você pode ter sucesso em ações simples, mas poderosas.
Então que estratégias a escola pode adotar para a educação da pessoa com TEA?
A escola tem o papel vital de adaptar e criar estratégias que favoreçam a aprendizagem dos alunos com TEA. Isso inclui:
Análise das necessidades individuais do aluno:
Aqui devemos entender o que funciona e o que não funciona com o aluno. É muito comum, por exemplo, aplicar textos grandes e questões dissertativas com várias perguntas e margem para subjetividade. Esse tipo de situação, sem querer generalizar, não funciona na maioria das vezes.
Empatia para entender suas motivações e desafios:
Eu sou uma fã do trabalho do Rubem Alves e concordo com ele que o professor deve causar “espantos”, despertar a curiosidade e a alegria de aprender. Para isso precisamos entender o ponto de vista do outro e usar isso em favor do processo de aprendizagem.
Quem domina a produção de materiais didáticos acessíveis tem as habilidades essenciais para incorporar elementos de empatia nas atividades e fazer os olhos dos alunos brilharem.
Interação através de recursos visuais, material de apoio, atividades lúdicas e sociais:
Imagine você entregar uma atividade para o aluno e ele não precisar de nenhuma explicação, ajuda sua ou de ninguém para fazer a atividade com autonomia e acertar. Isso não é sonho! Conseguimos isso quando trabalhamos a interação entre o aluno e a atividade.
Podemos adicionar elementos na atividade para que ele fique autoexplicativa e comunique melhor com o aluno.
Em caso de alunos autistas, que geralmente possuem prejuízo na área da comunicação, o uso de textos ou explicações faladas tende a ter pouquíssimo proveito. Prefira mapas mentais, modelos gráficos, esquemas visuais, listas de tópicos e outros recursos que digam a mesma coisa, porém com menos palavras e mais imagens.
É assim que você consegue atividades para alunos com autismo que funcionam de verdade.
Organização de um plano de exercícios estruturado:
Alunos autistas tendem a se beneficiar muito de ambientes estruturados e rotinas, isso você já sabe. Mas porque não aproveitar isso nas atividades?
Estamos falando de atividades estruturadas, que repetidas de maneira adequada formam um plano de exercícios estruturados que dá conforto cognitivo para o aluno autista não precisar reaprender como fazer a cada atividade que você entrega.
Usabilidade de materiais didáticos que atendam às suas particularidades:
Usabilidade nas atividades é uma forma de medir o quanto um aluno consegue fazer uma atividade com autonomia dentro de um tempo aceitável.
Já vi alunos autistas demorarem 2 horas para fazer uma atividade que a maioria dos outros alunos levariam 20 minutos. Esse é um exemplo claro de falta de usabilidade.
Medir isso, registrar e usar esses dados para otimizar as adaptações e produções de materiais acessíveis é trabalhar com o princípio da usabilidade de forma eficaz.
Quais as atividades que ajudam na inclusão das pessoas com autismo?
Atividades estruturadas, lúdicas, jogos educativos e práticas que promovam a interação social são fundamentais. Materiais didáticos adaptados, que considerem as particularidades do aluno, podem ser verdadeiros diferenciais.
Como se dá a inclusão do aluno com autismo?
A melhor forma de medir a inclusão de qualquer aluno, incluindo o aluno autista, é verificando o quanto o aluno consegue fazer as atividades com autonomia e acertar, sem precisar de ajuda.
Outra métrica importante especialmente para alunos com autismo é verificar o nível de participação nas atividades em grupo.
A inclusão é um processo contínuo de compreensão, adaptação e respeito às necessidades do aluno. O professor, munido das ferramentas e estratégias corretas, desempenha um papel crucial nesse processo.
Quais as técnicas de trabalho ou intervenção pedagógica com crianças com autismo?
Técnicas como a adaptação curricular e o plano de ensino individualizado são vitais. A individualização do ensino, levando em conta as habilidades e desafios de cada aluno, é a chave para uma educação verdadeiramente inclusiva.
Na minha visão temos 3 ferramentas essenciais:
Adaptação curricular: um currículo específico em paralelo ao currículo comum
Atividades adaptadas: atividades acessíveis que favorecem a autonomia
PEI: técnicas de ensino que favorecem o aprendizado do aluno e a didática do professor
Cada aluno pode precisar de um desses, dois ou os três de forma simultânea.
Plano de aula adaptado para alunos com autismo
Ao elaborar um plano de aula, é essencial considerar as características do aluno com autismo. Isso envolve adaptar atividades, tempos e materiais, garantindo um ambiente propício ao aprendizado.
Minha dica é pensar em momentos individuais e momentos coletivos num mesmo dia. Assim você tem diferentes possibilidades de individualização.
Como incluir um aluno com autismo em sala de aula?
A inclusão começa com a aceitação e compreensão das diferenças. Criar um ambiente acolhedor, promover interações sociais saudáveis e utilizar materiais didáticos adaptados são passos fundamentais.
Em outras palavras, é preciso se reinventar, abrir mão do que “sempre deu certo” e realmente experimentar novas práticas, principalmente as com embasamento científico.
Metodologia para trabalhar com autismo
Existem diversas metodologias para trabalhar com alunos com autismo. Uma abordagem estruturada e eficaz pode fazer toda a diferença, permitindo que o educador ofereça um ensino de qualidade e adaptado às necessidades do aluno.
Nós desenvolvemos uma metodologia para produção de materiais didáticos acessíveis chamada Método AEIOU. Análise, Empatia, Interação, Organização e Usabilidade. Longe de ser mais um método de ensino, é uma abordagem para você adaptar atividades. Independente de quais estratégias ou “métodos” você use, se você precisa de atividades, nossa metodologia vai te ajudar a organizar sua produção e tornar seus materiais mais acessíveis com diferentes possibilidades.
Acreditamos que para todo ensino existe uma atividade, e essa atividade precisa ser acessível. Isto é, o aluno precisa conseguir fazer e acertar sem ajuda.
Com as estratégias corretas, é possível transformar a sala de aula em um ambiente de aprendizado inclusivo e eficaz. A verdadeira inclusão acontece quando todos aprendem juntos, respeitando e valorizando as diferenças.
Todos podem aprender.
Eu sou apaixonado por resultados! Então se você tem feito a diferença em sala de aula, comenta aqui.
Ah, se você precisa de ajuda também, não deixe de fazer sua pergunta.
Parabéns pelo conteúdo, fácil entendimento e muito importante para nortear nosso trabalhos , nesse grande desafio com uma educação inclusiva real e exitosa.
Eu souuma professora apaixonada pelo meu trabalho. Trabalho com criancas entre dois e quatro anos,e tenho percebido que muitos professores fazem diagnosticos de criancas pequeninas, fico intrigada e triste,entao busco aprender o melhor para oferecer a todas as criancas da minha escola .Percebo que com meu afeto e atencao conquisto a companhia deles e a inclusao nas brincadeiras.Mas e pouco. Preciso de indicacoes para os pais que me questionam o que FAZER?Eu quero aprender muito e amei esse texto, respondeu muitas duvidas . Gratidao