Até quando devo insistir no aprendizado do meu aluno com deficiência?

Se você tem um aluno com deficiência na sua sala de aula, ou no atendimento educacional especializado que ainda não está alfabetizado, apesar do aluno já ter passado do 2º, 3º, 4º, do 5º ano, já estar no Ensino Médio que seja, pode ter certeza que é para se sentir incomodado, porque alguma coisa está errada.

Existem pessoas que não aprendem a ler e escrever por limitações que os médicos conseguem explicar pra gente, mas essa é uma forma de entender o problema.

Por que Leandro, uma forma de entender o problema?

Porque existem pessoas que insistem, insistem e insistem, e continuam insistindo, até que o aluno aprenda.

Não acredita?

Um exemplo clássico é o da Helen Keller.

O poder da relação professor-aluno com deficiência

Helen Keller foi uma mulher que ficou surdocega quando era criança.

Para a época que ela nasceu era muito improvável dela ter algum sucesso na vida devido a limitação que a deficiência causada.

Mesmo assim, uma pessoa pegou aquela situação, abraçou aquela causa e se propôs a ensinar a Helen a se comunicar.

Essa é uma história real, a Helen é considerada uma heroína americana.

A insistência deu certo! Ela conseguiu falar, virou palestrante, escreveu livro.

Por que deu certo? Por que não se acomodou na situação.

O foco da nossa atenção, o foco do nosso esforço, não deve ser voltado para o problema mas sim para a solução.

Se o seu aluno está na escola, algo pode ser feito por ele. Isso é muito forte.

Se ele não sabe ler e escrever, por que não insistir nisso?

A mentalidade da inclusão escolar é uma proposta de esperança, fé e trabalho duro, não de desistência e abandono. Quando digo fé não me refiro necessariamente à religião, mas sim a acreditar que vai dar certo, basta tentar novamente.

Até onde meu aluno pode chegar? Quem pode definir o limite de uma pessoa?

Eu acredito que limitar o potencial de uma pessoa é um erro. Nosso aluno pode ir muito longe.

Você já viveu um caso onde a insistência venceu a desistência? Compartilhe sua história aqui nos comentários!

Abraço inclusivo,

Leandro Rodrigues

Eu sou Leandro e acredito que as pessoas podem evoluir muito além dos rótulos, estigmas e preconceitos. Todos podem aprender. Esp. em Educação, Diversidade e Inclusão Social. Formação inicial em Ciência da Computação. Fundador do Instituto Itard e criador do curso Adaptando Atividades para Alunos com Deficiência.

28 thoughts on “Até quando devo insistir no aprendizado do meu aluno com deficiência?

    • anacleudecs says:

      Olá!!!
      Sobre a questão que você abordou em insistir e o aluno conseguir. Eu acredito sempre no potencial do aluno. Já tive um caso de TEA que a escola não acreditava. E o aluno conseguiu evoluir. Fiquei tão feliz quando ele conseguiu escrever a primeira letra do seu nome. Aluno que antes, resistia ao pedagógico. Muita alegria quando ele foi aprendendo a ter mais foco nas atividades. A família foi fundamental para tal desenvolvimento. #santarém #inclusão

    • Rosilene Ferreira says:

      Sim, já me deparei, e não foi só uma vez. Mas como eu acredito que todos aprendem persisto sempre nas minhas convicções. Não para provar para mim ou para os demais colegas, mas para o bem do meu aluno tenha ele deficiência ou não.

  1. Norma says:

    Boa noite. Tenho alguns alunos que não são alfabetizados. Sei que meu trabalho exige muito de mim como professora. Busco constantemente meios que me possibilitem aprender mais e mais , de forma que eu possa estar colaborando com o avanço na aprendizagem de.cada aluno. Vejo que todos tem evoluído. Isso me dá alegria e mais vontade de buscar, inovar em favor de todos eles.

  2. LêdaMaira says:

    As crianças questionam, criam, inventam. ”As crianças são educadas por aquilo que o adulto é, e não por suas palavras.” Daí, o professor não devesse “sugerir à natureza o que deve fazer, se quisermos observar seu comportamento espontâneo.” JUNG (1961)

    • Leandro Rodrigues says:

      Exatamente Lêda. Todas as crianças questionam, criam e inventam. Cabe ao professor dar liberdade ao pensamento da criança e estimular seus talentos e potencialidades, mesmo que esses estejam além de nossas expectativas racionais. Obrigado.

  3. Fernanda Maria says:

    Tenho um filha surda e com transtorno positivo desafiador. E olha vou te contar que não e fácil, hoje tem 20 passou 4 sem querer estudar. Aprendeu Libras e a se comunicar através do celular porque o período que estudou foi em escola do município.

  4. Socorro says:

    Gostei do Tema: Até quando devo insistir no aprendizado do meu aluno com deficiência?
    Acredito que existem muitos alunos com deficiência que avançam de série, mas não conseguem ser alfabetizados.
    De quê forma devo trabalhar essa realidade?

  5. Janne says:

    Acredito que até o limite da pessoa. Pois o processo é um esforço grande para ambas as partes. No entanto, se conseguir será memorável. Já consegui auxiliar vários alunos, mas vou citar três: um com Superdotação, outro com Dislexia e o outro com Psicopata, com os três consegui fazer um trabalho mediado o conhecimento e as dificuldades encontradas.

  6. Kátia O. A. Coutinho says:

    Eu nunca desisti, o problema é não ter o apoio da família.
    Você avança e a família em casa não dá continuidade, no final de semana, feriado, ou férias.
    Há professores que deixam de lado, tem família que tem interesse. O problema é casar as duas situações.
    Na rotina mesmo da escola independente de algo anormal, quando a turma muda de professor e tudo que você avançou, é jogado na lata do lixo, dói muito

  7. Isabete says:

    Oi, todo bem? Acredito que o aluno tem seu tempo certo, o que não podemos é desistir, acreditar e estimular, sem nunca perder o foco, um exemplo de superação: Aluna com deficiência intelectual leve, , TDAH, conseguiu ser alfabetizada no 7° Ano., minha maior alegria como prof do AEE.

  8. Cledinea França Lima says:

    Boa noite! Trabalho com uma criança disléxico,ao iniciar meu trabalho os outros profissionais insistiam em dizer que ele não aprenderiam,que era preguiçoso,que não havia acompanhamento em casa,mas insistir no potencial do meu aluno,dentro de 6 meses ele desenvolveu a fala,a escrita , reconhecimento do seu nome próprio… desistência não faz parte do meu vocabulário.Amo o que faço! ABCS

  9. Murilo Pereira says:

    Boa tarde, Leandro!!
    Tentei me comunicar com você há alguns dias por email, mas não obtive sucesso. Até enviei algumas perguntas, pois, além de conhecer um pouco desse dia a dia, porque sou cadeirante, portador de paralisia cerebral, também estou produzindo um trabalho de faculdade sobre o tema comunicação alternativa. Se puder, por favor, me envie as respostas em formato de vídeo.
    Agradeço imensamente sua atenção.

  10. Cecilio Manuel Henriques says:

    Meu caso é diferente, amigo Leandro e outros aí, eu sou de África Angola capital de Luanda e em 2014 tive contacto com deficientes visuais convivendo entendo a sua rotina e procurando como ajudá-los . A tecnologia ASSISTIVA ainda não uma realidade em meu país como professor de informática procurei como ensinar para eles busquei na internet informações e comecei com uma jovem e hoje tenho 20 pessoas formada em informática aqui no meu país não tem nenhuma instituição vocacionada para estes cursos apenas o Braille. E hoje cinto uma grande responsabilidade e números tem crescido muitas solicitações. Por isso desejo contar sempre os mas experientes, sendo o primeiro no país a dar aulas de forma sistematizada ligados a tecnologia ASSISTIVA. Hoje eu mudei a vida de mas de 20 pessoas e pretendo me profissionalizar a cada dia e aí encontrei o vosso saite muito bom trabalho tem ajudado muito espero fazer muitas formações aqui um abraço a toda equipa. Que estão sempre disponível a nos responder pelo WatsApp mesmo sendo por vez chato.

  11. Eliude Castro Souza says:

    Boa noite. Pensar em desistir? Já mais, os desafios me estimulam a busca de novos caminhos, novos conhecimentos para solucionar as questões pendentes. Não podemos esquecer que todos aprendem de um jeito diferente, então devemos procurar outras alternativas. E continuar insistindo.

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  13. Maria josé da Silva says:

    Lidar com alunos especiais não é tarefa facil mais tbm não é impossivel .Com um pouquinho mais de dedicação chegaremos ao nossos objetivos.

  14. Andreciane Conceição Ribeiro da Silva says:

    Sou mãe e professora de sala de recurso faz 2 anos graças . Tenho 2 filhos , meu caçula tem 7 anos tem TEA moderado , apraxia de fala e D I. A diretora da escola em que ele estudava me disse uma vez: como ele vai aprender se ele não fala “.
    Conseguir alfabetizar meu filho ano passado(2020) . Começou a ler palavras dissílabas e trissílabas simples . Tenho certeza que isso é só o inicio .
    Sei que algumas crianças não conseguirão serem alfabetizadas mas todas tem potencial para aprender muitas coisas , bastar que alguém tenha interesse em ensinar .

  15. Rosângela says:

    Boa tarde!
    Já tenho uns anos na educação básica, trabalho com alunas e alunos com deficiência intelectual. Elaborei uma proposta didática para trabalhar área do círculo e comprimento da circunferência, para a segunda série do ensino médio, com o título: “Festa de aniversário sem doces e painel para fotos, não é festa”. Usei como metodologia o ” Ensino de geometria segundo o modelo de Van Hiele “. O modelo é divido em níveis e pode atender a aprendizagem das alunas e alunos com deficiência intelectual. Não apliquei devido a pandemia, já estamos há um ano sem aula é não encontrei um meio de atende-los on-line. Pois a proposta é para alunas e alunos com deficiência intelectual e sem deficiência. Inclusão. Acredito que as pessoas com deficiência intelectual são capazes de aprender, depende da metodologia aplicada dentro da individualidade de cada aluna e aluno.

    • Bianca says:

      Vi o comentário de um neuro pediatra que diz que a aquela criança/adolescente que tem DI leve, consegue perceber quando ela não é bem vinda ou apenas tolerada dentro da sala de aula. e que essa exclusao acaba prejudicando a parte pedagocia ainda mais… a mudança de escola ajuda ou atrapalha visto que se o mesmo ocorrer no novo colégio, essa criança ou adolescente pode piorar seu estado depressivo ?

  16. Luciane says:

    Meu filho é deficiente intelectual f79 ele não consegue aprender a ler nem assimilar as letras e formar palavras ele tem 14 anos e está na 7 série faz terapias na APAE com fono t.o e psicóloga ainda passa com a psicodagoga toma semana mas tudo que lhe é ensinado ele esquece ele somente saber ler e escrever o próprio nome até que ano ele ainda deve frequentar a escola? Tenho muitas dúvidas pois tentamos de tudo para que ele possa aprender mas não conseguimos exatos oque posso estar fazendo para ajuda lo ?

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