Práticas inclusivas: onde os professores mais erram adaptando atividades na sala de aula?

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Fiz a atividade, apliquei e pronto! Vamos para a próxima? Professor, você pode estar desconsiderando uma das práticas inclusivas mais importantes para adaptar atividades no longo prazo.

Uma prática inclusiva é uma forma de trabalhar com o aluno da educação inclusiva que permite que ele aprende mais, de forma mais clara e rápida, sem exclusão.

Isso tem total relação com a didática do professor e sua forma de planejar aulas, dar aulas e aplicar atividades.

Ah, pode ser aplicado tanto pelo professor regente como pelo professor do atendimento educacional especializado.

Por exemplo: achar que uma adaptação de atividade é algo que só acontece uma vez por atividade é um problema, pois adaptação de atividades é algo que requer interação com o aluno para melhoria.

Em outras palavras: adaptar atividade é entender que sua atividade é uma obra inacabada e precisará de revisão.

Quem entende isso tem uma das práticas inclusivas bem compreendida: o uso da repetição como estratégia pedagógica.

Não é sobre trabalhar mais e entregar milhares de atividades adaptadas

Não estou falando que todas as suas atividades adaptadas precisarão ser refeitas sempre, não é isso, muito pelo contrário.

Estou falando que seu aluno da educação inclusiva e os outros alunos também se beneficiarão das práticas inclusivas.

Seus alunos devem ter a oportunidade de poder refazer uma atividade que eles não conseguiram compreender num primeiro momento.

A repetição é a mãe do aprendizado. Não dizem isso por dizer.

Já ouviu falar da Curva do Esquecimento de Ebbinghaus?

Resumindo, ver um assunto uma só vez não é garantia de aprendizado duradouro, pelo contrário.

Precisamos revisitar o assunto repetidas vezes, de forma progressivamente espaçada ao longo do tempo para realmente aprender.

Quem aplica esse conceito a nível de atividade vê progressos rapidamente! Melhor que ter 100 aprendizagens “superficiais” é ter 1 aprendizado duradouro.

Práticas inclusivas para o professor de apoio

O maior erro da adaptação de atividades é ignorar a repetição, não dar atenção ao erro e a quantidade de ajuda que o aluno precisou.

Então sempre reavalie sua atividade e a quantidade de ajuda que você ou o professor de apoio entrega em cada atividade.

Se o professor de apoio ajuda sempre o aluno em todas as atividades, ou se você sempre precisa oferecer altas doses de ajuda, tem algo errado na atividade que precisa de ajustes.

Continuar assim sem ajustar é desperdiçar seu tempo e gerar sobrecarga de trabalho.

O professor de apoio não deve oferecer ajuda sempre de forma indiscriminada. Isso é o oposto de ensinar autonomia.

Quando você ajusta a atividade, você dá oportunidade do aluno precisar de menos ajuda.

Mas Leandro, isso não vai aumentar meu trabalho?

Olha,  ajustar atividades adaptadas não aumenta o seu trabalho, diminui, pois repetir uma atividade com pequenos ajustes é mais fácil do que criar uma atividade nova.

Alunos da educação inclusiva não devem precisar de ajuda sempre

Isso é um mito! Achar que “ele sempre vai precisar de ajuda para isso” ou “é normal ele errar sempre, é porque tem dificuldade”.

Porque essas frases estão impregnadas de algo que se chama: “presumir incompetência”.

Mas o fato é: todos podem aprender.

Quem presumi incompetência não acredita que seu aluno pode aprender.

Mas só acreditar nisso não basta, é preciso agir.

O problema é ver que o aluno está errando ou precisando de ajuda sempre e oferecer outra atividade ao invés de ajustar a anterior ou repeti-la.

Anote essa frase:

Não tente ajustar o aluno, ajuste a atividade. Ajustando a atividade você muda o aluno.

Quando algo que não foi totalmente aprendido fica para trás vai virar uma vaga lembrança, o que chamamos de: aprendizado superficial. É aquela famosa frase: “seu já vi isso, mas não sei explicar”.

Então ao invés de entregar atividades novas na próxima aula, repita a atividade que o aluno teve dificuldade oferecendo menos ajuda. Isso vale para qualquer disciplina, diagnóstico ou ano letivo.

Na repetição você vai conseguir perceber pontos na atividade que poderiam ser ajustados.

A repetição é uma das muitas práticas inclusivas, assim como a análise de tarefas. Tenha certeza que existe a prática inclusiva certa para fazer a diferença na sua vida e na vida do seu aluno.

Adaptar é incluir.

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7 thoughts on “Práticas inclusivas: onde os professores mais erram adaptando atividades na sala de aula?

  1. rosane soares moreira says:

    oi Leandro , eu assistir uma vez suas postagem no Facebook, e hoje trabalho com educação inclusiva , e senti necessidade de apoio , para que meu aluno entenda melhor as lições, quero ver ele progredindo na aprendizagem ,ele tem 10 anos com diagnostico de autismo , com essas adaptações vieram ilumina meu caminho , obrigado !

  2. Vívian Barbosa Silva says:

    Boa tarde , Leandro! Quando você fala em repetir atividades, como fica o nosso público que não tem
    dificuldade de aprendizagem? Não seria exclusão inversa ficar muito tempo em um conteúdo?

  3. Vívian Barbosa Silva says:

    Leandro, vamos dar um exemplo aqui. Ensino Médio ,, um aluno com paralisia cerebral, pouca iteração e comunicação. Tudo tem que ser ensinado? Como seguir o conteúdo?

  4. LUCINEIDE says:

    BOA TARDE LEANDRO,
    SOU PEDAGOGA, E FIZ POS EM EDUCACAO INCLUSIVA. VOU PRESTAR O CONCURSO PARA PROFESSOR NO ESTADO PARA EDUCACAO ESPECIAL DEFICIENCIA INTELECTUAL E DEFICIENCIA FISICA. PRECISO MONTAR UM VIDEO DANDO AULA PARA ESSA ESPECIALIDADE, MAS ESTOU COM DIICULDADE POIS AINDA NÃO TENHO ESPERIENCIA, VC PODE PODE ME AJUDAR?

  5. ELISANGELA DOS SANTOS SILVA CARDOSO says:

    Gata por compartilhar o seu saber com nosco. É muito gratificante encontar meios que nos norteiam a conseguir mudar a realidade educacional de nossas crianças.

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